Prefeitas de todo o mundo se unem para combater as mudanças climáticas

Prefeitas de todo o mundo se unem para combater as mudanças climáticas

 

By Paula Tanscheit    29 de Março de 2017

Women4Climate teve o lançamento oficial no dia 15 de março, em encontro em Nova York. (Foto: Scout Tufankjian/C40)

Como mulheres, sabemos muito bem que os poderosos frequentemente tentam silenciar nossas vozes quando falamos em proteger os mais vulneráveis em nossas comunidades. Estamos aqui hoje para mostrar que nos recusamos a ser silenciadas. Ao redor do mundo, nas prefeituras, em quadros corporativos e nas ruas de nossas cidades, as mulheres exigem ações para proteger o planeta das ameaças das mudanças climáticas.

Com essas palavras a prefeita de Paris e líder do Grupo de Liderança Climática de Cidades (C40), Anne Hidalgo, celebrou o lançamento oficial da Women4Climate, iniciativa dedicada ao incentivo e crescimento das mulheres nas cidades que fazem parte do C40, rede mundial das 90 maiores cidades comprometidas com o combate ao aquecimento global.

O Acordo de Paris, até então o maior compromisso assumido para frear o aquecimento global, foi na realidade concebido por um grupo de mulheres – detalhe que não ganhou tanto destaque nas notícias. A história dos bastidores da negociação contou com o papel fundamental de Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC); de Ségolène Royal, ministra francesa do meio ambiente; e de Laurence Tubiana, embaixadora da França nas negociações sobre mudanças climáticas.

Essa é apenas uma entre tantas histórias que podem inspirar e impulsionar ações de lideranças femininas a seguirem seus trabalhos. E é isso que a Women4Climate quer contar. Mais do que isso, a iniciativa pede que – por inúmeras razões, mas também porque as mulheres são ainda mais vulneráveis às mudanças climáticas – os chefes de Estado reconheçam esse trabalho e sistematicamente envolvam as mulheres na criação de políticas de baixo carbono.

Um estudo realizado pelo United Nations Population Fund analisou a relação entre as mudanças climáticas e as mulheres e concluiu que a maior vulnerabilidade feminina quanto a isso está nas barreiras sociais, econômicas e políticas que limitam sua capacidade de reação. O relatório afirma que, estatisticamente, desastres naturais tendem a matar mais mulheres do que homens. A participação feminina nas tomadas de decisão referentes às crises geradas pelas mudanças climáticas é de crucial importância para que sejam elaboradas estratégias sensíveis às questões de gênero.

Em dois anos, o número de prefeitas das cidades-membro do C40 passou de quatro para 15, representando 100 milhões de pessoas. A Women4Climate vai oferecer orientação e suporte às mulheres envolvidas na iniciativa e seus projetos de sustentabilidade. O programa é voltado às líderes de cidades e também de organizações da sociedade civil. Em paralelo, o C40 desenvolverá pesquisas para suprir a falta de informações sobre as questões que envolvem gênero, cidades e clima.

Confira o que as prefeitas de Paris, Barcelona, Madrid, Roma, Cape Town, Bangalore, Tóquio, Yokohama, Washington D.C., Varsóvia, Basileia, Estocolmo, Sydney, Caracas e Durban têm a dizer sobre a representatividade da mulher em cargos de poder e na defesa ao futuro do planeta.

 

 

MINEIRA É PRIMEIRA BRASILEIRA CANDIDATA A PREFEITA DE UMA CIDADE AMERICANA

MINEIRA É PRIMEIRA BRASILEIRA CANDIDATA A PREFEITA DE UMA CIDADE AMERICANA

Framingham terá sua primeira eleição à Prefeitura nesta terça-feira (26), após ganhar um status de cidade.

Pela primeira vez eleitores americanos poderão votar em um prefeito brasileiro.

Em Framingham, que terá sua primeira eleição à Prefeitura nesta terça-feira (26), após ganhar um status de cidade neste ano, a brasileira Priscila Sousa, 29, será um dos sete nomes presentes na cédula.

Priscila chegou aos Estados Unidos com sete anos, junto com a família. Só ganharia seu “green card” em 2004, aos 16 anos.

Depois disso cursou Ciência Política no Simmons College, em Boston, e percebeu que era a carreira política que queria trilhar.

Ela é candidata em uma das cidades com maior percentual de brasileiros nos Estados Unidos –cerca de 1.100 dos 43 mil eleitores vieram do Brasil. Segundo o censo de 2010, a cidade no Estado de Massachusetts tem 68 mil habitantes.

“Quero representar os brasileiros, mas não só. Quero fazer uma gestão que olhe para todos aqueles que não se sentem representados em Framingham hoje”, disse Sousa à reportagem, por telefone, enquanto percorria bairros do sul da cidade à véspera da votação.

Experiência

Em 2012, a brasileira trabalhou na campanha de Barack Obama. Antes disso, assessorou uma deputada estadual. Registrada como democrata, ela não terá o partido designado na cédula, como nenhum de seus concorrentes.

“O ativismo através do cargo político nunca foi estranho pra mim”, disse a brasileira, ao lembrar que a avó concorreu a vereadora em Ipatinga, Minas Gerais, quando ela era criança. “Quando cheguei nos Estados Unidos, me interessei pela história americana, e isso foi se desenvolvendo num interesse em saber como as coisas funcionavam.”

No primeiro turno, que ocorre nesta terça, apenas dois serão selecionados para seguir na disputa. O segundo turno será em 7 de novembro.

O fato de ser jovem e mulher, afirma, pode atrapalhar mais: “Você pode ser jovem e pode ser mulher, mas não pode ser jovem e mulher”.

Ela, contudo, diz que pretende “abrir caminho” para a candidatura de outros brasileiros no futuro. “Esse também é um sentido que quero dar a esse momento.”

Diário de Minas Gerais

http://www.folhadoes.com/noticia/2017/09/26/mineira-e-primeira-brasileira-candidata-a-prefeita-de-uma-cidade-americana.html

 

“Segredo guardado a sete chaves”

Vocês sabem o porquê desta expressão popular?

No Museu das Bandeiras há um baú, considerado uma relíquia. Parece que em torno desta peça é que foi cunhada a expressão “segredo guardado a sete chaves”. Este baú possui sete fechaduras diferentes e pertenceu a uma mesma família, na qual cada membro possuía uma chave. Reza a lenda, ou não, que o baú só poderia ser aberto se os sete membros consentissem. Nele, eram guardados documentos, jóias e outros objetos de valor. A cidade de Goiás acredita que o relicário baú é que gerou a expressão, conhecida nacionalmente. Curioso não?

Maria vai com as outras

Assim chamamos as pessoas sem opinião própria, influenciáveis.  Esta expressão tem uma origem antiga. A Rainha de Portugal D. Maria Francisca Isabel Josefa Antonia Gertrudes Rita Joana, entre 1777 e 1816, com a morte de seu marido D. Pedro II e de seu filho D. José, foi declarada demente. Saía todas as tardes com suas damas de companhia e as pessoas comentavam: “Lá vai D. Maria com as outras”.

Torre do Tombo é o local onde se guardam todos os documentos antigos

Está situada em Lisboa, junto à Cidade Universitária.

Sentença de 1587 – Trancoso, Portugal

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

SENTENÇA PROFERIDA EM 1587 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO

(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7)

“Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres”. Não satisfeito tal apetite, o malfadado prior, dormia ainda com um escravo adolescente de nome Joaquim Bento, que o acusou de abusar em seu vaso nefando noites seguidas quando não lá estavam as mulheres. Acusam-lhe ainda dois ajudantes de missa, infantes menores que lhe foram obrigados a servir de pecados orais, completos e nefandos, pelos quais se culpam em defeso de seus vasos intocados, apesar da malícia exigente do malfadado prior.

[agora vem o melhor:]

“El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezessete dias do mês de Março de 1587, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e, em proveito de sua real fazenda, o condena ao degredo em terras de Santa Cruz, para onde segue a viver na vila da Baía de Salvador como colaborador de povoamento português. El-rei ordena ainda guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo”.

Eita País que começou errado…….

Cora, coração, Coralina

Vocês sabiam que….

a escritora e poetisa Cora Coralina chamava-se Anna Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas. Segundo ela, “teve medo de seus versos serem atribuídos a uma Ana mais bonita”. Cora vem de coração e Coralina foi uma homenagem ao Rio Vermelho que via e ouvia de sua janela. Cora escreveu que a ponte sobre o Rio Vermelho: “de águas avolumadas, que correm, como sempre, cantando e pulando de pedra em pedra”. Uma bela homenagem ao que servia como fonte de inspiração para seus poemas. 

Na cidade de Goiás, terra natal da poetisa, nasciam muitas Annas em homenagem a padroiera SantAnna. Por isso, Cora Coralina criou um pseudônimo para assinar seus lindos versos e não ser confundida com tantas outras. 

Fonte: Brasil almanaque de cultura popular, agosto de 2010.

Mês de Setembro: Calendário Político Feminista

06/09: Dia Internacional de Ação pela Igualdade da Mulher.

14/09: Dia Latino-Americano da Imagem da Mulher nos Meios de Comunicação.

15/09: Dia da Adoção da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim.

23/09: Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças. 

28/09: Dia pela Descriminalização do Aborto na América e Caribe.

29/09: Dia da Aprovação da Lei que garante Cotas para Mulheres na Política.

Fonte: http://www.campanha16dias.org.br/Ed2007/CalendarioFeminista/index.asp

Primeira médica formada no Brasil

A gaúcha Rita Lobato Velho Lopes (1861-1954), decidiu estudar medicina três anos depois que um decreto imperial permitiu o acesso das mulheres aos cursos superiores. Rita ingressou em 1885, na Escola de Medicina da Bahia. Formou-se, com distinção, no dia 10 de dezembro de 1887, defendendo a tese “O paralelo entre os métodos preconizados na operação cesariana”

08 de março – Dia Internacional da Mulher

Em agosto de 1910, se realizou, na cidade de Copenhagen, Dinamarca, a II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, num contexto onde a luta pelo reconhecimento da mulher enquanto trabalhadora e cidadã provocavam incômodos, ganhava novos contornos e, também maior visibilidade. O cenário era de profundas desigualdades: a maioria das mulheres não tinha direito ao voto, a jornada de trabalho das operárias ultrapassava 70 horas semanais e os salários eram desiguais para homens e mulheres no desempenho da mesma função. Foi nesse Congresso que Clara Zetkin e outras companheiras propuseram a criação do Dia Internacional da Mulher, a ser celebrado uma vez por ano em todos os países, conforme publicado, em agosto de 1910, no jornal A Igualdade, dirigido por Clara: As mulheres socialistas de todas as nações organizarão um Dia das Mulheres específico, cujo primeiro objetivo será promover o direito de voto das mulheres. É preciso discutir esta proposta, ligando-a a questão mais ampla das mulheres, numa perspectiva socialista. Embora haja controvérsia quanto às origens da escolha do dia 08 de março como o Dia Internacional da Mulher, durante anos propagou-se que a data foi escolhida para homenagear as 129 operárias mortas num incêndio, ocorrido em 08 de março de 1857, na cidade de Nova Iorque. Envolto em contradições e polêmicas reza a história que nesse dia centenas de operárias ocuparam a fábrica em que trabalhavam gritando palavras de ordem, reivindicando, redução na carga diária de trabalho, melhores condições de trabalho, etc. A manifestação foi reprimida com violência e a fábrica incendiada com as manifestantes no seu interior. Desde 1911, o Dia Internacional da Mulher, firmou-se como oportunidade dos movimentos feministas darem visibilidade as suas agendas, onde passaram a reivindicar a inserção das mulheres no mercado de trabalho, salários iguais, maior participação nas instâncias de decisão, combate a violência doméstica e sexual, defesa dos direitos sexuais e reprodutivos, dentre outros temas; com o propósito de ampliar a autonomia das mulheres e fazer valer seus direitos. Assim, como resposta à intensa mobilização de mulheres em várias partes do mundo somado à indicação de uma grande conferência internacional, realizada na Cidade do México, com a presença de delegações de diversos países, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o ano de 1975 como o Ano Internacional da Mulher. De forma crescente, nas últimas décadas, para além da mobilização dos movimentos de mulheres que habilidosamente aproveita essa data para reflexões e coletivamente denunciarem as desigualdades de classe, gênero e étnico-raciais, assim como, fortalecer a luta pela legalização do aborto, superar a violência contra as mulheres, brigar por maior participação política, igualdades salariais, lutar contra o racismo, etc., se tornou oportunisticamente, para outros, uma data comercial, festiva, que vai dos anúncios de cervejas, faixas em postos de gasolina a entrega de flores e bombons para as mulheres. Ainda assim, é uma data que simboliza a busca de igualdade social entre homens e mulheres e o respeito às diferenças.