A coronel Laudinéia Pessan de Oliveirano ano de 2000 tornou-se a primeira mulher no comando superior da Polícia Militar de São Paulo. Antes de entrar para a polícia feminina, Laudinéia fez magistério e pedagogia. Chegou a dar aulas por três anos.
A coronel Laudinéia Pessan de Oliveirano ano de 2000 tornou-se a primeira mulher no comando superior da Polícia Militar de São Paulo. Antes de entrar para a polícia feminina, Laudinéia fez magistério e pedagogia. Chegou a dar aulas por três anos.
Nasceu em 1969 no Estado de Pernambuco. A recordista mundial de apnéia é formada em direito, porém a paixão pela água e por animais marinhos a acompanha desde a infância. Após uma simples brincadeira em uma piscina, descobriu ser capaz de prender a respiração por três minutos e meio, daí surgiu o interesse pela apnéia (mergulho sem o uso de aparelhos ou ar comprimido). A partir desta descoberta começou a fazer cursos, buscando a profissionalização. O primeiro recorde reconhecido pela Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaguáticos (CBPDS), aconteceu em 1998, quando estabeleceu a marca de 4 minutos e 7 segundos. Karol é considerada a primeira mulher a tocar o naufrágio da corveta Ipiranga em Fernando de Noronha, a uma profundidade de 57 metros, sem o auxílio de aparelhos ou ar comprimido.
Nasceu em 1974 no Estado de Roraima. India da etnia wapichana, viveu até os 8 anos de idade na floresta com seu povo. Na cidade, cursou todas as etapas do ensino fundamental e segundo grau até ser aprovada em 5º lugar na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Roraima. Como unviersitária foi preciso muita persistência para vencer as dificuldades e os preconceitos. Tornou-se a primeira mulher indígena a se formar advogada no Brasil, constituindo-se referência nacional e internacionais. Tem marcado sua atuação, sobretudo, na defesa dos direitos territoriais dos índios, na denuncia das arbritariedades praticadas contra eles(as) e no contato com as autoridades exigindo o cumprimento da lei.
A advogada Joênia Batista desde 2001 coordena o programa de capacitação e formação de lideranças indígenas no estado de Roraima. Sempre atenta á realidade de sua gente, visita constantemente as comunidades indígenas, discute coletivamente os problemas enfretado por eles e incentiva a organização com força política para atuar na defesa dos seus direitos. Além disso tem participado de conferências e seminários no Brasil e no exterior, sobre os direitos indígenas. No ano de 2004 foi nomeada pela, então Ministra do Meio ambiente, Marina Silva, para a Comissão Nacional de Biodiversidade. Como advogada do Conselho Indígena de Roraima – CIR atuo na ação contra o governo em 2004 exigindo a demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. Ainda hoje a doutora Joênia, como é chamada, continua fazendo parte do movimento indígena que dia a dia vai conquistando visibilidade na defesa de suas culturas e direitos.
Jardelina Acácia de Figueiredo nasceu em São José do Tocantins, atualmente Tocantinópolis, cidade ao norte do Estado de Goiás, hoje pertencente a Tocantins, em 21 de junho de 1877. Filha de Germana Acácia de Figueiredo e Gregório Acácio Figueiredo, chefe político local, um republicano que não escondia sua vontade de transformar o Brasil, ao contrário dos monarquistas da época.
No ano da proclamação da República, em 1889, quando completava 12 anos de idade, Jardelina conheceu o Capitão Antonio Francisco Mendes Machado, de 52 anos, Comandante da Força Pública, e que havia lutado na Guerra do Paraguai. Casou-se com ele dois anos depois e tiveram oito filhos.
Moraram nas cidades goianas de Leopoldina (hoje, Aruanã), Goiás Velho (Cidade de Goiás) e Alemão (atualmente, Palmeiras de Goiás), onde, em 1910, o Capitão Machado foi nomeado Coletor de Impostos e Jardelina, Agente dos Correios.
Nessa época, revela-se o pioneirismo de Jardelina. A fim de facilitar o seu trabalho e, principalmente ficar em evidência para a população, instala a primeira agência dos Correios da região na sala da frente de sua própria casa. Transforma-se num ponto de referência para os cidadãos de Alemão. Além disso, Jardelina era exímia costureira e, mesmo acumulando suas tarefas, conseguia ainda ajudar o marido e educar os filhos com amor.
Em 1926, ano em que fica viúva, a Coluna Prestes, comandada pelo General Miguel Costa, chega à cidade. Sem parar em nenhum outro local, a tropa procura exatamente a Agência do Correio. Ao saber que uma costureira era a chefe da agência, o general manda chamá-la. Estupefato ao ver uma mulher de pequena estatura e de aparência frágil chefiando um órgão público, fica meio desconcertado, mas mesmo assim, encosta um revólver na cabeça de Jardelina, intimando-a a entregar imediatamente as malas postais. Diante do absurdo daquela situação, pois era de sua responsabilidade a inviolabilidade da correspondência, ela reage com determinação e diz: “O senhor vai matar a última viúva da Guerra do Paraguai ?” O general fica ainda mais desconcertado. Abaixa o revólver e manda que seus soldados saqueiem todas as malas. Apesar das lágrimas de Jardelina, os homens de Miguel Costa, bastante constrangidos, rompem os lacres e retiram todo o dinheiro remetido na postagem.
Em 1927 deixa o cargo que lhe deu muita alegria e também muita tristeza. No ano seguinte, após muitas dificuldades financeiras, a costureira Jardelina e suas duas filhas solteiras, Carolina e Acácia, mudam-se para Vianópolis, ponto final da Estrada de Ferro Goiás. A vida difícil da viúva, sem nenhum amparo do governo, seria um pouco amenizada com a Revolução de 1930, quando as encomendas de fardas para os soldados aumentam. Aos poucos, os brins cáqui vão enchendo a casa. E isso acontece até 1932, quando irrompe a Revolução Constitucionalista de São Paulo, garantindo a Jardelina e suas filhas, seu próprio sustento.
Ainda no ano de 1932, acontece um fato que a ex-agente do Correio jamais iria esquecer, fazendo-a lembrar de seu primeiro emprego: a chegada do primeiro avião do Correio Aéreo Nacional – o “aeroplano” – no campo de futebol da cidade.
Nos anos 50, ainda mantendo a costura como sua fonte de renda, Jardelina Acácia de Figueiredo chega a Goiânia com as filhas, onde falece aos 89 anos, no dia 18 de julho de 1966. (Colaboração Francisco Humberto Mendonça de Araujo).
Nasceu em Rosário do Catete, SE, em dezembro de 1931. Considerada a primeira médica do trabalho no Norte-Nordeste, foi uma das precursoras no desenvolvimento da área de segurança e saúde do trabalho no Brasil, em uma época em que o país tinha uma industrialização insipiente. A doutora Jandira combatia os acidentes e doenças do no mundo do trabalho, atividade até então eminentemente masculina. Recebeu o Prêmio Destaque 2003, homenagem da Revista Cipa, dedicado às maiores personalidades nacionais da área de SST. Além das atividades profissionais e docentes, desenvolveu inúmeras pesquisas, tais como o levantamento de riscos na indústria de panificação, segurança e medicina do trabalho em Pedreiras, no Estado de Pernambuco. Foi membro da Academia Brasileira de Medicina do Trabalho. Dentre as várias funções profissionais destacam-se os de médica do trabalho da Fundacentro/PE e da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), perita da Justiça do Trabalho, reponsável técnica pela implantação do Curso de Técnico de Segurança do Trabalho da Escola Técnica Federal de Pernambuco, auditora fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e diretora da Divisão de Segurança e Medicina do Trabalho da DRT/PE (cargo em que se aposentou). Aos 70 anos de idade, criou um local para desenvolver pesquisas e a difusão da infromação Espaço Cultural de Saúde Ocupacional Jandira Dantas, um dos mais importantes acervos brasileiros na área de SST.
Ilda Ribeiro de Souza, a Sila, nasceu em Poço Redondo, SE. Sila, como ficou conhecida, fez parte do bando de Lampião, grupo de maior duração e organização na história do cangaço, foi o primeiro a permitir a presença feminina. Ela conta que entrou para o grupo em 1936, ao ser raptada por José Ribeiro Filho, o Zé Sereno e nele permaneceu até 1938, quando ocorreu o “massacre de Angico”, no interior de Sergipe, que dizimou Lampião, Maria Bonita e e mais nove companheiros do seu bando. Uma das poucas sobrevivente, em 1994, recebeu da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC o título de Sócia-Honorária das mãos do sócio fundador Raimundo Soares de Brito. Em 1995 lançou o livro Sila – Memórias de guerra e paz e, em 1997, o livro Angico, eu sobrevivi. Foram escritos diversos livros, textos e teses sobre o cangaço que têm ligação direta com sua vida.
Iete Bolmicar, paulista, filha do juiz de direito José Luiz Ribeiro de Souza e de Ilda Bolmicar Ribeiro de Souza. Entrou para faculdade de direito em 1935, casou-se em 1937. Acalentava a perspectiva de ser juíza, assim como o pai. Embora casada e com três filhos não desistiu da idéia de seguir a carreira de magistrado. Na ocasião não podia ser juíza em São Paulo, quando em 1945, tomou conhecimento de que no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, havia aberto inscrição para concurso de juiz. Inscreveu-se, todavia, a comissão de seleção, tomando conhecimento da matrícula de uma mulher, impugnou a inscrição (9 votos contra 7), com a argumentação de “falta de idoneidade específica”. Drª Iete, inconformada com a discriminação da qual estava sendo vítima, impetrou imediatamente, mandado de segurança, para que fosse esclarecido o real motivo da impugnação. Todavia o “remédio judicial” requerido, ficou sem julgamento até 1951, quando um novo concurso foi aberto. Na segunda tentativa teve sua inscrição deferido tendo sido aprovada concurso. Tornou-se assim, em 1951, a primeira juíza a ocupar a cadeira de magistrado no Rio de Janeiro.
Tomou posse como juíza substituta em 17 de janeiro de 1951 na Vara de Acidentes de Trabalho, tendo assumido o exercício em 5 de setembro de 1951. Não foi fácil para Drª Iete enfrentar os obstáculos cotidianos. Dos três desembargadores/examinadores, dois eram declaradamente contra o ingresso de mulheres na magistratura, porém, tendo em vista a competência da Doutora, nada puderam fazer. O jornal Correio da Manhã retrata este fato em 01 de janeiro de 1955, onde atesta a repercussão internacional do pioneirismo da Drª Iete, assim como por sua persistência e ousadia. Abria-se, portanto, uma nova fase na história da magistratura brasileira.
A doutora Iete Bolmicar, atuou em varas de acidente de trabalho, varas de família e de registro civil. Foi nomeada desembargadora do tribunal de justiça do antigo Estado da Guanabara em 1975.
Nasceu em Cruz Machado, PR, em 12 de outubro de 1912. Cursou a antiga Escola Normal Secundária de Curitiba. Ainda estudante escreveu seu primeiro poema Lágrimas, publicado na revista Garoto, editada por estudantes. Começou a exercer o magistério em 1932, no grupo escolar, Barão de Antônia, onde aprendeu as primeiras letras. Alguns de seus livros são: Paisagem interior, Música submersa, Poesias completas, Reika. Ao longo de sua vida Helena Kolody dedicou-se ao magistério e a poesia.
Diplomata com serviços prestados em Paris, Moscou, Londres, Roma, Santiago, dentre outras cidades. Assume a direção do Instituto Rio Branco em 18 de março de 2004. Escreveu o livro O Roteiro de Deus – Dois estudos sobre Guimarães Rosa. E mais: As Três Graças; O Espelho; Palavra e Tempo. Todos os trabalhos baseados na vida e obra de Guimarães Rosa.
Grace Silva nasceu em Governador Valadares, MG. Professora de inglês formada pela PUC, ingressou na atividade de maquinista em 1988 no Metrô de Belo Horizonte