Anna Bella Geiger (1933 – )

Nasceu no Rio de Janeiro em 1933. Formou-se em letras anglo-germânicas pela Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro. Na década 1950 inicia seus estudos de pintura, desenho e gravura no ateliê de Fayga Ostrower. Em 1954 viaja para Nova York, freqüentando as aulas no The Metropolitan Museum of Art. Em fins da década de 1960 leciona no Museu de Artes Modernas no Rio de Janeiro. A artista lança mão de diversos materiais na produção/materialização de suas obras, como xerox, fotografia, postais, impressos, vídeo, dentro outros recursos. Revolucionou a prática da gravura no Brasil, sobretudo a partir de 1965, com a sua série sobre as vísceras do corpo humano.
Anna Bella é pioneira no campo da Arte conceitual. Considerada uma revolucionária na prática da gravura e uma das introdutoras da vídeo-arte no Brasil. Em 1974, participou da mostra de videoarte em Filadélfia, Estados Unidos, considerada a primeira exibição pública de vídeos brasileiros. Leciona na Escola de Artes Visuais do Porque Lage. Nas últimas décadas conquistou papel de destaque entre os artistas brasileiros. Realizou mostras individuais em diversos museus e galerias nacionais e internacionais. Influenciou e ocupa importante papel na formação de uma geração de artistas no Rio de Janeiro.
 

Anilda Leão (1923 – )

Nasceu em 15 de julho de 1923, em Maceió, AL. Filha de Joaquim de Barros Leão e de Jorgina Neves Leão. Aos treze anos de idade publicou seu primeiro poema, cuja temática era criança abandonada. Foi colaboradora das Revistas Caetés e Mocidade, assim como do Jornal de Alagoas e Gazeta de Alagoas.
Formou-se em contabilidade pela Escola Técnica de Comércio de Alagoas. Seu sonho era ser médica, porém seu pai não permitiu.
Em sua primeira apresentação pública como cantora, por volta de 1950, em evento organizado pela Federação Alagoana pelo Progresso Feminino, identificou-se/encantou-se com a proposta da instituição integrando-se ao grupo. Em junho de 1963 participou do Congresso Mundial de Mulheres, em Moscou, representando a Federação Alagoana pelo Progresso Feminino. No ano de 1990 torna-se presidenta da instituição.
Casou-se em 1953, aos 30 anos de idade, com o arquiteto, escritor, poeta, Carlos Moliterno (então, ainda casado, pois não existia divórcio), chocou toda sociedade de Maceió. Tiveram dois filhos; viveram juntos por 45 anos. Incentivada a escreve,r por seu companheiro, em 1961 publicou o livro de poemas Chão de Pedras. No ano de 1973 conquistou o Prêmio Graciliano Ramos da Academia Alagoana de Letras com a coletênia de contos Riacho seco, período em que começa a investir em sua carreira de atriz. No ano de 1970 atuou no filme Lampião e Maria Bonita e Órfãos da Terra. Na década de 1980 atuou no filme Memórias do cárcere e no ano de 2002 atuou no filme Deus é brasileiro. No teatro atuou nas peças: Bossa nordeste e Onde canta o sabiá. Produtiva e agitada, desempenhava vários papéis ao mesmo tempo, sem contudo abandonar a poesia, os contos, crônicas e a elaboração de artigos para jornais.
 

Ângela Dimárzio Godoy Vasconcelos (século XX)

A tenente-coronel Ângela, faz parte da geração de oficiais que nos últimos anos escreve uma nova página sobre a participação feminina na corporação da Polícia Militar. Nunca na história do Brasil tantas mulheres estiveram nos batalhões; cuidando do policiamento em todas as suas modalidades.
O corpo de policiamento feminino foi criado na década de 1950 em São Paulo – o primeiro no país. No ano de 1955 havia apenas 13 policiais femininas no Estado, e quase todas atuando como assistentes sociais, longe do combate aos criminosos.
 

Ana Maria Machado (1941 – )

Nasceu em 24 de dezembro de 1941, no bairro de Santa Tereza, Rio de Janeiro. Estudou no Museu de Arte Moderna, chegou a fazer exposições individuais e coletivas, enquanto fazia Faculdade de Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro, após desistir do curso de Geografia. Depois de dez anos no convívio com tintas e telas, optou pela arte de manusear a química das palavras, embora continue pintando não profissionalmente.
Já publicou mais de quarenta livros. Como disse ela numa entrevista “dedico todas as manhãs à escrever; dar fala, vida a personagens; adentra espaços buscando a palavra certa, num processo, numa lida diária com a Literatura”. Considera a Literatura uma tentativa de ordenar o caos, a procura pelo sentido da existência.
Foi presa pela ditadura militar em 1969, mudou-se para Europa, levando em suas bagagens histórias infantis que estava escrevendo, a convite da revista Recreio. No exterior, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres. Na França terminou sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia tendo por orientador Roland Bartles. A tese resultou no livro Recado do Nome, que trata da obra de Guimarães Rosa. Enquanto estudava escrevia histórias infantis.
De volta ao Brasil, Ana M. Machado, esteve a frente do noticiário da rádio do Brasil até 1980, na mesma década passa a dedicár-se exclusivamente aos livros.
Foi uma das fundadoras da primeira livraria infantil no Brasil (localizada no Rio de Janeiro), a Malasarte, inaugurada no ano de 1980. Em 1981 recebeu o Prêmio Casa de Las Américas com o livro De olho nas penas.
Em 1993, tornou-se Hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), em 2000 ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantil mundial. Em 2001 teve o conjunto de sua obra premiada pela Academia Brasileira de Letras, conquistando o Machado de Assis, considerado maior prêmio literário nacional. É a sexta ocupante da cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é o poeta Adelino Fontoura. Foi eleita em 24 de abril de 2003, na sucessão de Evandro Lins e Silva. É uma das 52 brasileiras indicadas ao Prêmio Nobre da Paz.. Para Ana Machado o respaldo da ABL significa um impulso para enfrentar o que considera preconceito em relação as crianças, pois segunda ela, a literatura infantil , no Brasil, ainda é considerada literatura de segunda categoria.
Com mais de 30 anos de carreira, sua obra foi traduzida em 17 países, tendo em torno de 14 milhões de exemplares vendidos pelo mundo. Organizadora de seminários para a UNESCO sobre como preparar livro, faz palestras, conferências e promove cursos para educadores objetivando contribuir para o pluralismo cultural assim como valorizar a literatura e a educação.
 

Adelaide Câmara (1874-1944)

Nasceu em Natal, mas foi no Rio de Janeiro que revelou suas manifestações mediúnicas. Sob a orientação do Mestre Bezerra de Menezes, iniciou sua formação como psicografa. Casou-se em 1906 e teve dois filhos, embora necessitando afasta-se das atividades espíritas, devido as exigências da vida familiar, psicografou dois livros. Com o auxílio dos membros da comunidade espírita, fundou em 1927 o asilo espírita João Evangelista. Dedicou-se a essa instituição até falecer, no dia 24 de outubro de 1944.