Confetes e serpentinas de um carnaval que passou…

Nas primeiras décadas setecentistas, os colonizadores portugueses, introduziram no país os festejos quaresmais, denominados entrudos, nos quais as pessoas, sobretudo a população que transitava diariamente pelas ruas, se emporcalhavam mutuamente, jogando água e farinha umas nas outras. Ao longo dos séculos, essas manifestações urbanas foram transformando-se no célebre carnaval brasileiro da atualidade. Em meados do século XIX, parte da sociedade reivindicava brincadeiras carnavalescas menos agressivas e sem muita sujeira. Foi então, que em 1840, a proprietária de um Hotel no Rio de Janeiro promoveu o primeiro baile de carnaval da cidade, popularizando as sofisticadas festas de mascaras realizadas somente para a nobreza durante o primeiro reinado. As cadências que animavam o salão eram as polcas, mazurcas, valsas e o maxixe, único ritmo tipicamente brasileiro tocado nas festas. Em 21 de fevereiro de 1846, a atriz e cantora italiana Clara Delmastro organizou um bem sucedido baile a fantasia no Teatro São Januário. Compareceram mais de mil casais de foliões mascarados e durou até altas horas da madrugada. O sucesso desse evento transformou definitivamente o conceito dos festejos de carnaval. A partir dessa época as mulheres “de família”, até então proibidas de participar dos entrudos, marcaram presença nos bailes cariocas.