Almerinda Farias Gama (1899-?)

Advogada, feminista e líder sindical nascida em Maceió. Uma das primeiras mulheres negras na política no Brasil. Trabalhou como datilógrafa e publicava crônicas no jornal “A Província” de Belém. Ao descobrir que para o mesmo trabalho que recebia 200 réis, seu colega homem recebia 300 reis, Almerinda ficou indignada e em 1929 mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro. Inseriu-se no mercado de trabalho, em pouco tempo tornou-se presidente do Sindicato dos Ditilógrafos e Taquígrafos. Como líder sindical apoiou Bertha Lutz presidente da Federação Brasileira Pelo Progresso Feminino.
Como representante classista, Almerinda Gama, foi indicada pelo Sindicato dos Datilógrafos e Taquígrafos e pela Federação do Trabalho do Distrito Federal para Câmara Federal; tornando-se a única mulher, em 1933, a votar como delegada dos representantes classistas na eleição para Assembléia Nacional Constituinte.
Empolgada pela política Almerinda candidatou-se, em 1934, nas eleições para a Câmara Federal e o Senado, mas não conseguiu se eleger. Como representante dos trabalhadores seu panfleto assim a representava: “Advogada consciente dos direitos das classes trabalhadoras, jornalista combativa e feminista de ação. Lutando pela independência econômica da mulher, pela garantia legal do trabalhador e pelo ensino obrigatório e gratuito de todos os brasileiros em todos os graus.”
Embora não tenha sido eleita Almerinda Gama marcou com tenacidade um lugar na história da construção da cidadania feminina abrindo espaço para mulher negra participar do cenário político nacional.
 

Alice Tibiriçá (1886-1950)

Ativista social e feminista, natural de Ouro Preto (MG). Foi pioneira na criação de instituições para o tratamento da hanseníase em todo o Brasil. Seu nome está ligado às comemorações do Dia das Mães, uma vez que foi ela a autora da sugestão ao Presidente Vargas, em 1932. Como feminista promoveu pela primeira vez no Brasil (1947) as comemorações do Dia Internacional da Mulher. Foi ainda a primeira presidenta da Federação de Mulheres do Brasil, em 1949, ano em que foi presa pelo seu engajamento em diversas manifestaçoes políticas.

Alice Piffer Canabrava (1911 – 2003)

Natural de Araras (SP), fez seus estudos na USP, onde ocuparia a cátedra de História. Pertence às principais instituições científicas como o Instituto Histórico e Geográfico do Brasil e de São Paulo. Obteve o reconhecimento nacional por vários trabalhos publicados na área de História Econômica.

Faleceu no dia 05 de fevereiro de 2003 aos 91 anos