Leila Diniz (1945-1972)

Atriz, natural de Niterói (RJ). Foi símbolo da liberdade feminina da geração dos anos 60. Atuou em 12 novelas na TV Globo, e participou de 14 filmes, tornando-se a musa do Cinema Novo. Um de seus maiores sucessos foi o filme Todas as Mulheres do Mundo. Recebeu o prêmio de melhor atriz, no festival de Adelaide, Austrália, pelo filme Mãos Vazias. Seu jeito espontâneo e irreverente chocava todos os setores da sociedade.

Léa Campos (c. 1945)

Mineira de Belo Horizonte, foi a primeira mulher árbitro de futebol do mundo. Teve que lutar muito com a FIFA e com a CBF, para obter o diploma de árbitro reconhecido. Apitou centenas de partidas na Europa, América do Norte, Central e do Sul. Atualmente é cronista esportiva dos jornais Gol Internacional e Colombiano de Nova York, ambos dos EUA, onde vive.

Laurinda dos Santos Lobo (1878-1946)

Herdeira da Companhia Mate Laranjeira, era dona de enorme fortuna. Foi referência de elegância para as mulheres do Rio de Janeiro da Belle époque. Era conhecida como a Diva dos Salões. Fez de sua mansão, em Santa Teresa, um centro de encontros da intelectualidade carioca. Presidiu o Conselho da Federação Brasileira para o Progresso Feminino. Não hesitava em usar seu prestígio em prol das lutas feministas. Sua primeira residência é hoje o Centro Cultural Laurinda Santos Lobo.

Laura Brandão (1891-1942)

Ativista política e poetisa carioca. Começou a escrever poesias muito jovem, tendo publicado quatro livros. Militou junto ao marido, Otávio Brandão, pela causa operária e colaborou para o jornal comunista Classe Operária. Participou, em 1928, da fundação do Comitê das Mulheres Trabalhadoras. Foi deportada comsua família para Alemanha e depois foram viver em Moscou, onde morreu de câncer.

Laura Alvim (1900-1984)

Promotora cultural carioca. Tendo sido impedida, pela família, de pisar nos palcos, como atriz, transformou sua casa, em Ipanema, em local dedicado à cultura. Aos 83 anos, doou seu casarão ao Estado do Rio de Janeiro, onde hoje funciona o Centro Cultural Laura Alvim

Laudelina de Campos Melo (1904-1991)

Doméstica, negra, natural de Poços de Caldas (MG). Trabalhava desde criança e aos 20 anos empregou-se como doméstica em Santos, onde integrou a Frente Negra de Conscientização Negra. Participou da criação da Associação de Empregadas Domésticas de São Paulo. Já em Campinas, denunciou a discriminação do trabalho doméstico para as não brancas, voltando a militância política do movimento negro. Chegou a ser presa na época da ditadura militar.

Justina (séc. XIX)

Escrava, natural de Campos (RJ), apelidada de "a Medéia negra". Temendo ser vendida e separada de seus filhos, afogou as crianças e tentou suicidar-se cortando a garganta. Foi presa e condenada a 42 anos de prisão.

Juraci França Xavier (séc. XX)

Enfermeira carioca, fez parte da Força Expedicionária Brasileira durante a II Guerra Mundial, na Itália. Partiu com o primeiro grupo de pracinhas, em 1944, para a Itália, onde trabalhou nas salas de cirurgia nos hospitais militares norte-americanos. Foi condecorada com a Medalha de Guerra e de Campanha.