Adalgisa Néry (1905-1980)

  • Volume 1
  • Século: XX
  • Estado: RJ
  • Etnia: Desconhecida
  • Atividade: Artes e Cultura, Ativistas Políticas e dos Movimentos Sociais, Comportamento e Ocupação e Mulheres com Mandato

Descrição:

Carioca, escritora, jornalista e política. Casou-se, aos 16 anos, com o pintor e poeta paraense Ismael Néri, um dos precursores do Modernismo no Brasil. Graças a freqüentes reuniões em sua casa, ingressou em um sofisticado circuito intelectual, passando a conviver com intelectuais dentre os quais Manuel Bandeira, Carlos Drumond de Andrade, Murilo Mendes. Após o falecimento de Ismael Neri iniciou carreira literária, publicando seu primeiro trabalho em 1935 na Revista Acadêmica.
Em 1940 casou-se com o jornalista e advogado Lourival Fontes, diretor-geral do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão do estado Novo responsável pela censura. Posteriormente nomeado embaixador do Brasil do Brasil no México. Com isso Adalgisa Neri passou a freqüentar a elite intelectual daquele país; tendo sido retratada por Diogo Rivera e Frida Kalo. De volta ao Brasil, após sua separação, iniciou carreira como articulista política, tendo escrito, de 1955 a 1966 no jornal Última Hora, em uma coluna diária intitulada “Retratos sem retoques”. O sucesso da coluna levou-a a se candidatar pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Foi eleita à Assembléia Constituinte do então estado da Guanabara, em 1960; foi reeleita por mais dois mandatos em 1962 e 1966.
Adalgisa alcançou seu maior sucesso literário com o romance autobiográfico “A imaginária” publicado em 1959. Em seguida publicou livro de contos, volumes de poesias. Foi cassada pela junta militar em 1969. Faleceu em 1980 em um abrigo de idosos no Rio de Janeiro.