- Volume 2
- Século: XX
- Estado: PB
- Etnia: Branca
- Atividade: Sindicalista, feminista
Descrição:
Nasceu em Campina Grande (PB), em 1960. Formou-se em Letras, com especialização em Educação e, como professora participava da Associação do Magistério Público do Estado da Paraíba (Ampep). Sua militância ganha visibilidade, em 1984, quando lidera, ao lado de outras companheiras, uma greve de 100 dias, por melhores salários e condições nas escolas públicas do Estado.
Coma criação do Sindicato do Professores(as), em 1984, passou a dedicar sua energia à organização das mulheres trabalhadoras no seu estado, como Coordenadora da Comissão Estadual de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores da Paraíba.
Paralelamente a luta sindical, integrava, na década de 1990, o Cunhã – Coletivo Feminista onde, como feminista, foi uma incansável lutadora pelos direitos das mulheres no trabalho, pelos direitos reprodutivos e contra a violência. A luta pelo direito ao aborto e contra a violência às mulheres foi travada com muita coragem e determinação por Ednalva, desde sua atuação no feminismo paraibano até sua trajetória à frente da Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT.
Reconhecida nacionalmente pela sua trajetória e garra, a partir de 1997, assume a gestão do Núcleo Temático de Gênero, responsável por desenvolver subsídios, reflexões teóricas e metodológicas e formação em gênero para a política nacional CUT. Na seqüência se torna Coordenadora da Comissão Nacional sobre a Mulher Trabalhadora da CUT, até 2003 e, é nesta condição, que durante o 8º Congresso Nacional da CUT consegue, com o apoio das trabalhadoras, aprovar a resolução congressual que cria a Secretaria Nacional sobre a Mulher Trabalhadora.
Sua militância extrapolou fronteiras territoriais e temáticas. Atuou em vários organismos internacionais como a Comissão de Mulheres da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul, Comitê Feminino da Confederação Internacional de Organizações Sindicais Livres e Central Sindical Internacional, sempre ocupando espaços de decisões.
No Brasil foi representante da Secretaria Nacional de Mulheres da CUT, no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher cuja contribuição foi contundente para implementação das recentes políticas públicas para as mulheres. Também esteve ao lado das trabalhadoras rurais, especialmente na construção e realização da Marcha das Margaridas.
Dias depois de ter tido uma atuação decisiva na II Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, ocorrida em Brasília, Ednalva foi vítima de uma infecção avançada, em decorrência de um quadro de meningite.
Depois de uma semana de internação veio a falecer no dia 10 de setembro de 2007. O corpo foi velado em Campinas, cidade onde estava residindo e enterrado em Campina Grande sua cidade natal e onde vivem seus familiares, depois de receber inúmeras homenagens de suas companheiras feministas, sindicalistas e autoridades.