Lya Luft (1938 – )

  • Volume 2
  • Século: XX
  • Estado: RS
  • Etnia: Branca
  • Atividade: Escritora e poetisa

Descrição:

Nasceu no dia 15 de setembro de 1938 em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul. Cidade de colonização alemã.
Estudou em Porto Alegre, graduou-se em pedagogia e letras anglo-germânicas. Tem mestrados em literatura brasileira e lingüística aplicada, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Iniciou vida literária nos anos de 1960, como tradutora de livros em alemão e inglês, tendo traduzido para o português mais de 100 livros.

Conheceu seu primeiro marido, Celso Pedro Luft no final da década de 1950, quando tinha 21 anos e ele tinha 40 anos. A paixão fulminante fez com que ele, que era irmão marista, largasse a batina para se casar com Lya em 1963. Desta união tiveram três filhos. Suzana, André e Eduardo.

Os primeiros poemas de Lya foram organizados no livro Canções de Limiar, em 1964 e na seqüência vieram Flauta Doce, 1972, e Matéria do Cotidiano, 1978, seu primeiro livro de contos .

Após um acidente de automóvel, em 1979, Lya diz que passou a enxergar a vida sobre um novo prisma e começou a enfrentar desafios que antes evitava. Um deles foi dedicar-se a ficção. No ano de 1980 lança o livro de crônicas As Panteras, e nos anos subseqüentes, A Asa Esquerda do Anjo e Reunião de Família. Em 1984, um ano fértil de produção, publica dois livros, O Quarto Fechado (este sendo publicado nos EUA sob o título “The Island of the Dead”), e Mulher no Palco.

Neste período intenso de mudanças, transformações e criatividade, sua vida afetiva da muitas reviravoltas. Separa-se de Celso Pedro, em 1985, passando a viver com o psicanalista e escritor Hélio Pellegrino, que morreu três anos depois da união, em 1988. Quatro anos mais tarde reata a relação com seu primeiro marido Celso Pedro ficando viúva em 1995.

Em 1987 lança o livro Exílio, dois anos mais tarde publica o livro de poemas O Lado Fatal; em 1996 o O Rio do Meio – considerada a maior obra de ficção do ano. No ano de 1997 lançou o livro Secreta Mirada, em 1999, o livro O Ponto Cego, em 2000 publica duas obras: Histórias do Tempo e Mar de dentro.

Lya com seus livros reinventa a vida, tece novas tramas. Seu livro Perdas e Ganhos está no topo dos livros nacionais de ficção mais vendidos. Em 2005 lançou livro de poesias Para não dizer adeus. A obra de Lya rompe fronteiras e boa parte de sua produção literária está sendo traduzida para diversos idiomas, como alemão, inglês e italiano.

No ano de 2001 recebeu o prêmio União Latina de melhor tradução técnica e científica, pela obra “Lete: Arte e crítica do esquecimento”, de Harald Weinrich.

Lya é conhecida por combater as ditaduras do comportamento social. É, portanto extremamente crítica aos estereótipos que aprisionam os indivíduos. Seus livros retratam os dilemas da vida. Escreve vorazmente, indaga, questiona a sociedade e seus dilemas. Criativa, inquieta e questionadora, costuma dizer: “Escrevo sobre o que me assombra”.
Lya Luft é uma das escritoras de maior sucesso do Brasil na atualidade.