Berta Loran (1926 – )

  • Volume 2
  • Século: XX
  • Estado: Estrangeira
  • Etnia: Branca
  • Atividade: Atriz

Descrição:

Berta Loran ( 1926 – )

Atriz

Nascida Baja Ajs, em Varsóvia (Polônia) chegou ao Brasil aos 11 anos, em 1939, junto com a família judia, fugindo da Segunda Guerra e dias antes da invasão alemã à Polônia. Dos seis irmãos, aquele que permaneceu na Polônia morreu vítima da invasão nazista. Seu pai tomou a decisão de vir para o Brasil, após ouvir pelo rádio a um programa nazista que ameaçava de extermínio os judeus poloneses. Baja ou Berta é mais uma das muitas mulheres estrangeiras, como Carmem Miranda, Henriette Morineau, Elke Maravilha e Lola Brah que adotaram o Brasil no coração e contribuíram para a vida cultural do país.
Apoiada pela mãe Clara e levada pelo pai, José Ajs, que além de alfaiate atuava como ator, iniciou a vida artística com pequenas comédias apresentadas em clubes da comunidade judaica sempre no idioma idsh. Aos 21 anos, após casar-se com o ator Handfuss, trinta anos mais velho, mudou-se para Buenos Aires onde permaneceu por dois anos.
Em 1955, período das chanchadas brasileiras fez sua estréia no cinema em Sinfonia Carioca, de Watson Macedo. Sua estréia na televisão brasileira ocorreu na extinta TV Tupi, de onde rumou para o teatro de revista. O sucesso da peça Fogo no Pandeiro, a levou a Portugal em 1957, onde permaneceu por seis anos, consagrando-se como atriz cômica. Em 1963, ao retornar ao Brasil, por intermédio de Bibi Ferreira, foi trabalhar na TV Record.
Contratada pela TV Globo participou de vários programas de sucesso, dentre eles, a versão para a televisão de Balança mas não cai. Seu retorno aos palcos ocorreu em 2008, mesmo ano em que apareceu nas telas, no filme Polaróides Urbanas, de Miguel Falabella.
Berta além de atriz tem ainda no currículo trabalhos como diretora. Dentre as muitas homenagens que recebeu durante a vida, destaca-se aquela recebida em 1996, no Dia Internacional da Mulher, concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro.